Devagarinho ponho de lado o caderninho de capa preta onde sempre anotei os títulos de livros que me interessam e pretendo ler um dia.
A tecnologia me conquistou. É tão mais fácil tirar uma foto da capa do livro, que procurar no fundo da bolsa, caneta e caderninho para depois escrever, sem muito equilíbrio, o titulo e o autor do livro escolhido.
Reconforta-me saber que mesmo não comprando todos os livros que gostaria, tenho seus nomes guardados e, a qualquer momento, posso entrar numa livraria e examiná-los com mais vagar. Verdade que corro o risco de procurá-los depois e não os encontrar, mas agindo dessa forma também evito algumas decepções quando resolvo comprar um livro por impulso.
É muito comum as anotações ficarem esquecidas meses a fio. Quando as releio, às vezes, não consigo lembrar o que foi que provocou o meu interesse. Agora com as fotografias das capas essa incerteza deixou de existir.
Mal comparando é como se alguém anotasse num papel o nome e telefone de uma pessoa que acabou de conhecer e por quem se interessou. Se não entrar logo em contato com ela, com o passar do tempo, aquele apontamento pode significar muito pouco. No entanto se tirar uma foto dessa mesma pessoa, quando a olhar de novo relembrará as sensações sentidas no primeiro momento.
Na minha ultima visita anotei, ou melhor, fotografei:
A terra inteira e o céu infinito de Ruth Ozeki – Casa da Palavra (R$ 39,90 / e-book R$ 26,99)
e O retorno à Montanha do Dragão de Jonathan Spence – Editora Record (R$ 40,00)
A conferir.